10/02/2022
O objetivo é qualificar ainda mais as ações de controle e combate ao Aedes no município
Desde o final do ao passado a Vigilância Ambiental em Saúde conta com um laboratório de entomologia. O espaço está em fase de avaliação pela Secretaria Estadual de Saúde. É necessário que sejam realizadas 150 análises de larvas do mosquito sob a supervisão do Laboratório de Reservatório e Vetores do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, localizado e Porto Alegre, para revalidação dos resultados, a fim de comprovar a capacidade técnica. A expectativa é que até o final de março o laboratório de São Marcos seja aprovado e possa realizar análises de larvas de mosquitos sem depender de enviar as amostras coletadas para Caxias do Sul, agilizando o processo e, consequentemente as ações de combate.
Diariamente os agentes de endemia fazem vistorias técnicas
nas residências, terrenos baldios e pontos estratégicos a fim de eliminar focos
do mosquito e realizar pesquisa entomológica de larvas. Essas larvas
encontradas são levadas ao laboratório, onde passam por análise para verificar
se correspondem às espécies Aedes aegypti e albopictus, ambos de interesse à
saúde pública. Nos casos positivos os agente retornam às
residências a fim de notificar os moradores, assim como repassar
orientações educativas, além de procurar eliminar os focos, colocando
larvicida e telas milimétricas nos recipientes que utilizam para reservar água da
chuva.
A responsável técnica pelo espaço é a enfermeira e secretária da Saúde, Maristela Lunedo. Já a laboratorista, que analisa as larvas, é a coordenadora da Vigilância Ambiental em Saúde, Daiane Alves. Ela realizou curso junto ao Laboratório Central do Estado (Lacen) para estar habilitada à função e explica que “a principal alteração vai ser a rapidez com que a gente têm o resultado da espécie do mosquito, se é albopictus, aegypti ou outra espécie que não de interesse à saúde pública”.
A laboratorista informou em entrevista para o setor de
comunicação da prefeitura que a demora para o resultado das análises era de
três a quatro dias e que “no forte do verão, essas análises podiam demorar até
uma semana. Consequentemente a nossa ação preventiva também demorava. Com a
homologação do laboratório municipal, essa análise pode ocorrer de um dia para
o outro”, destaca, afirmando ainda que este é um benefício direto para a população.
“Essa é mais uma estratégia para que possamos trabalhar na prevenção e depois
não tenhamos que pensar em leito de hospital para pessoas com dengue. Quanto
mais pudermos investir preventivamente, menos a população sofre e é melhor para
todo mundo”, finaliza Daiane.
Atualmente São Marcos está na condição de município
infestado pelo Aedes aegypti. Em 2021 foram 235 focos (criadouros) em 99
imóveis em todo o município. Todos os bairros da área urbana apresentaram focos
positivos. Em 2022, somente no mês de janeiro, foram encontrados 34 focos em 21
imóveis, sendo 70% em reservatórios de água da chuva. Conforme informações da
Vigilância Ambiental em Saúde, um novo Levantamento de Índice de Infestação do
Aedes (LIRAa), com informações atualizadas sobre a situação em São Marcos deve
estar disponível já em fevereiro.