A prevenção deve ser contínua

A elevação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, em São Marcos inicia no mês de dezembro e permanece em alta até meados de junho. O monitoramento é realizado através de Ovitrampas, armadilhas que coletam ovos do mosquito, possibilitando o acompanhamento da infestação na cidade.

No mês de janeiro, foram distribuídas 50 ovitrampas, resultando na coleta de 29 focos positivos. Já em fevereiro, com a mesma quantidade de armadilhas distribuídas, foram coletados 28 focos, totalizando  nos dois meses a retirada de aproximadamente 2.924 ovos do mosquito do ambiente.

Em 2024, os números apresentaram um crescimento exponencial nos meses de fevereiro, março e abril. No entanto, em 2025, esse aumento ocorreu de forma antecipada, levando a mudança da classificação epidemiológica da cidade de amarelo para vermelho já em fevereiro.

Para conter a proliferação do Aedes aegypti, a população deve adotar medidas preventivas, como: não acumular água em vasos de plantas, manter caixas d’água fechadas, tratar adequadamente a água da piscina, manter tonéis de armazenamento de água da chuva vedados, evitar o acúmulo de lixo no pátio e aplicar água sanitária (1 colher de sopa por litro de água) em bromélias e outras plantas que acumulam água.

Apesar do aumento dos focos, o setor de vigilância epidemiológica de São Marcos ainda não confirmou nenhum caso da doença. No entanto, a prevenção deve ser contínua, principalmente entre a segunda quinzena de fevereiro e o final de maio.

Os principais sintomas da dengue são febre alta de início súbito e dois ou mais dos seguintes sintomas, dor de cabeça, dores articulares e musculares, fadiga, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele acompanhadas de coceira, náusea e vômito. Pessoas mais vulneráveis, como gestantes, idosos, crianças e indivíduos com doenças crônicas como diabetes e hipertensão, devem redobrar os cuidados.

Ao apresentar sintomas, é essencial procurar o posto de saúde mais próximo para avaliação médica, evitar a automedicação e aumentar a ingestão de água. O uso de repelentes e a eliminação de criadouros do mosquito são fundamentais para evitar a propagação da doença.

Embora São Marcos não tenha sido contemplada pelo Ministério da Saúde com as vacinas contra a dengue, o município dispõe de testagem rápida e exames laboratoriais para auxiliar no diagnóstico e manejo clínico da doença. A colaboração da população na adoção de medidas preventivas é essencial para conter o avanço da dengue na cidade.

Por: Juarez Marcante

Assessor de Imprensa/ PMSM